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Sou sonhador, Idiota, tenho inúmeras idéias. Para uns um modelo, para outros ridículo! Assim que sou.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Introspecção Retrospectiva I

Hoje parei para refletir sobre alguns acontecimentos do ano passado. Coisas que me fizeram sorrir outras que me fizeram sofrer. Algumas que me irritaram e outras que me estimularam. Uma espécie de introspecção retrospectiva. 2010, não diferente de outros anos, foi marcado por frustrações e conquistas. Logo no inicio do ano, me peguei em meio a uma depressão intensa, crise existencial e isso não foi nada bom. Me fez perder a vontade de acordar a cada manhã. Tinha sensações horríveis. Em alguns momentos, vontade de matar, em outros, de morrer. Não sorria, não sonhava, não dormia. Aos cochilos, tinha pesadelos horripilantes. Estava instaurado em meu subconsciente  um vírus do mal, contrariando tudo o que eu imaginava estar convicto de verdade, ao ponto de deixar de perceber a beleza das flores, o brilho do sol e o frescor do vento. O belo simplesmente deixou de existir. A alegria deu lugar à tristeza e a esperança ao medo. Medo do amanhã, medo de sorrir, medo de viver. Todo esse terror no inicio do ano era se não o prenuncio do fim, o inicio de um tempo sombrio e trágico. E seria mesmo, não fosse há tempo, a aparição de um AMIGO VERDADEIRO. Isso é coisa cada vez mais difícil de ver, mais eu, não sei se por privilégio, benção ou prêmio de consolação por tamanho sofrimento, vi! E não só vi como ouvi, não só ouvi como falei, desabafei, externei parte daquilo que me adoecia ao ponto de a qualquer instante tornar-se fatal. E tudo era tão difícil que olhar para frente era quase que impossível. Como falar, como expor sua intimidade ainda que para alguém de minha plena confiança. Como confessar nossa fraqueza se sempre nos apresentamos tão forte. Como admitir o nosso fracasso se sempre nos miramos tão vencedores. Isso não é fácil. E além de tudo, são poucos os que crêem em fantasmas, deve ser por isso que nós mesmos demoramos a acreditar que estamos atormentados. Nossa soberba pode ser fatal. Ainda bem, que tive um minuto de sobriedade em meio a tamanha embriagues de sentimentos. Claro, o mérito não era meu, nada seria. Não fosse a insistência chata de um amigo de verdade, que percebendo a anomalia, resolveu ajudar. Foram horas de conversa. Foram horas que pareciam mais demoradas que o natural. Horas anormais que normalizaram a minha viu existência. Nunca pude me imaginar nesta situação, do lado oposto ao de conselheiro que sempre fui. Referência pelo bem falar, ponderar situações extremas, sobriedades nas decisões e de repente ali, deitado no divã da existência confessando os meus fracassos. Frustração. Vergonha. Penso que a resposta correta seria mesmo ORGULHO. Falar de tudo isso, de erros, desapontamentos, fracassos, deméritos, me fez abrir os olhos de verdade. Deixar de apenas ver para passar a enxergar. E se você que Lê, percebe a diferença entre os quais, já é um sinal de evolução.  Esse momento, que por alguns instantes me fez ter vontade de deixar de viver, serviu, de grande forma, para me fazer perceber que sempre há outros caminhos, que o caminho que nos leva, também nos traz, se ousarmos fazer a volta. Que o erro, nos faz aprender um pouco mais, por olharmos com mais cautelas nas laterais e no retrovisor. Que não podemos só falar nem só ouvir, temos que falar e ouvir e ainda, que tendo dois ouvidos e uma boca, devemos usá-los nestes termos proporcionais. Que amigos de verdade existem e estão mais próximos de nós do que imaginamos. Que nem todo o mal do mundo pode vencer aquele que resolve lutar e vencer.